Escrevo de noite -
Lá fora, não há luz
Escrevo a noite -
Cá dentro, não há noite
Lá fora, as luzes piscam -
Cá dentro, não há brilho
Brilham as frontes de noite
Brilha o ar - açoite
Não há noite lá fora
Não há brilho agora
Não me escondo mais, se escrevo,
Não procuro mais...
Não tenho, não vivo, não penso
Se um dia me encontrares não serei mais eu
Se um dia procurares
Só o dia serei eu
Um dia, um poema, uma noite,
Um zelo que guardo por ti
Uma vida nunca será o bastante,
Uma vida será o que nunca vivi
Luzes que vagam
Vaga-lumes que somos
Um dia vamos estar
Um dia seremos nós
Sunday, August 22, 2004
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
2 comments:
Nossa, Professor..... ñ sabia q vc escrevia poesias assim.... São muito melancólicas!! (rs)... Mas, particularmente, gosto desse estilo. Vc escreve muito bem!
Beijos,
Rafaela (Unigranrio).
"...Eu te espero chegar
Vendo os bichos sozinho na noite,
Distração de quem quer esquecer
O seu próprio destino.
Me sinto triste de noite
Atrás da luz que não acho,
Sou viajante querendo chegar
Antes dos raios de sol."
Bonita!
Um beijo
Neysi
Post a Comment