Saturday, October 07, 2006

Ainda Torto

Escrevo-me e reescrevo-me
em cada verso que sangra surdo
dentro de mim
ou brota líquido do meu olhar
Um poeta não se faz com versos

É o risco de se desconstruir
e reinventar a cada salto
no escuro e sem rede

Pois sobre viver e sobre escrever
de cachorros vivos ou mortos
mais vale a mais valia da ironia

Poesia, vida
Ao que parece não há

Onde a saída?
Pra mim chega!