Eu vi o dia amanhecer em Liverpool
E o seu olhar estava
No meu olhar
Que já não era mais meu
Mas de um garoto
Grávido de tantos sonhos
Eu vi o dia amanhecer em Liverpool
Fazia sol, ventava frio
E em todo o caminho
Das docas de verdade
Feias e produtivas com seus odores
Até Albert Dock e
Seus encantos de turista
O peito daquele garoto
Estava tão cheio que
O Mersey parecia caber
E não caber nele a um só tempo
Eu vi o dia amanhecer em Liverpool
E já sem idade
Celebrei com o garoto
No novo Cavern
Aos goles, acordes e lágrimas de
Tantos Johns
Eu vi o dia amanhecer em Liverpool
E foi como se a vida,
Dolorosamente bela,
Dançasse pra mim
Uma dança de subúrbio
Do Rio de Janeiro
Eu vi o dia amanhecer em Liverpool
Saturday, October 06, 2007
Monday, October 01, 2007
Em Setembro, no Velho Continente
Em setembro, no velho continente
As folhas se vão
No último dia de setembro
No velho continente
O dourado do chão
Esconde perdas irreversíveis
Que os outubros que virão
Não podem curar
Pois estamos no velho continente
E tudo só tende a se perder
Em setembro, no velho continente
No último dia de setembro
No velho continente
Algo de precioso se foi pra sempre de mim
As folhas se vão
No último dia de setembro
No velho continente
O dourado do chão
Esconde perdas irreversíveis
Que os outubros que virão
Não podem curar
Pois estamos no velho continente
E tudo só tende a se perder
Em setembro, no velho continente
No último dia de setembro
No velho continente
Algo de precioso se foi pra sempre de mim
Subscribe to:
Posts (Atom)