Quantas vezes desisti
Outras tantas ressuscitei
Quantas vezes morto-vivo
Em busca de sangue
Tantas vezes eu menti
Quantas tantas renunciei
Tantas vezes insinuei olhares
Em um ante-anti-gozo
Desassossego quieto que
Mora me mim
Gritos que habitam meu olhar
Raramente minha garganta
Esta é plena de pássaros
Melodiosos
Vez por outra desafinados
Com o bico tinto de carmim
Tuesday, April 15, 2008
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2 comments:
"Gritos que habitam meu olhar
Raramente minha garganta."
Tanta vontade de gritar um monte de coisas que insisto em mostrar no olhar, mas se eu disser não vão me entender mesmo.
Vontade de se fazer entender sem ser explícita.
Gosto dos teus escritos.
E fico imensamente lisongeada com seus elogios.
:)
Volte sempre, tanto no meu, quanto no seu blog.
Beijos
Uma poesia ensanguentada e bem viva pra escancarar aquilo que a garganta não ousa dizer, ou aguarda o momento certo de dizer.
Beijos!
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