Manifesto
Não tem mordaça pra calar tanta voz!
Nem fuzil pra matar tanto sonho!
Ninguém vai transformar em ódio nosso amor!
Nem fuzil pra matar tanto sonho!
Ninguém vai transformar em ódio nosso amor!
Bora botar o bloco na rua
Mostrar que o pulso ainda pulsa
E desafinar o coro dos contentes
Mostrar que o pulso ainda pulsa
E desafinar o coro dos contentes
Bora fazer declaração de amor
Romântica, sem procurar a justa forma.
Bora gritar bem alto que o preço do feijão não cabe no poema.
Romântica, sem procurar a justa forma.
Bora gritar bem alto que o preço do feijão não cabe no poema.
Bora decretar
Que agora vale a verdade
Agora vale a vida
E pensamos revoar os homens
Usando borboletas
Que agora vale a verdade
Agora vale a vida
E pensamos revoar os homens
Usando borboletas
Bora amar
Que amar se aprende amando
E a arte existe
Porque a vida
A vida é tão rara
Porque a vida
A vida não basta
Que amar se aprende amando
E a arte existe
Porque a vida
A vida é tão rara
Porque a vida
A vida não basta
Bora, que chegou a hora
De plantar suculentos morangos de lótus
No lodo mofado dos coturnos
que seguem
Sua marcha insana
De plantar suculentos morangos de lótus
No lodo mofado dos coturnos
que seguem
Sua marcha insana
Bora!
(Lucilaine Reis e Ricardo De Almeida)
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