Saturday, April 21, 2007

A CIDADE SAI DE MIM

(para Angra dos Reis)

A cidade sai de mim
Lentamente
Como sangue que escorre
Lento e quente
Do ferimento

A cidade sai de mim
Lentamente
Como lágrima que escorre
Lenta e quente
Do coração

A cidade sai de mim
Rascante
Como amor impotente
Seco e frio
De tristeza

A cidade não sai de mim

Friday, April 13, 2007

FIM DE LINHA

Não leio mais as previsões pro teu signo
No horóscopo do jornal

Nem espero em vão por um comentário teu
Nos poemas do meu blog

Não entupo mais teu celular
Com mensagens desesperadas

Nem te imponho presentes,
Canções ou filmes pirateados

Não te indico mais livros
Nem te empresto os meus

Claramente, se ainda estás viva
Então quem morreu fui eu