Eu pinto a cara pra você
Dou meu corpo pra você
Decoro versos
E jogo malabares pra você
Mas você não pode ver
Não tem tempo
Está muito ocupado
Pintando a cara para alguém
Dando o seu corpo para alguém
Escrevendo versos
E vendendo seu tempo para alguém
Alguém que não tem rosto
Nem amor nem poesia
Alguém que não é como eu e você
Saturday, August 18, 2007
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5 comments:
Que gostoso vir aqui e encontrar um poema novo!
Forte, moderno, e verdadeiro.
Amei.
beijos
Puxa..pensei já ter comentado por aqui...é sempre um imenso prazer ler os teus poemas, são de uma profundidade que impressiona...Este é lindo...suave,porém profundo...e delicadas ficaram as palavras na composição do teu poema...adorei!
Uma ótima semana!Beijo
o amor quando não é correspondido nos deixa frustrados, mas cria material para poesias assim como as que você faz, cheias de significado em poucas palavras.
Me lembrou Chico Buarque...rsrs
Bom estar aqui de novo!
Beijos!
Olá!!!
Que interessante este teu texto. Semana passada assisti uma peça teatral chamada "Mulheres", onde tratava-se de uma casa de família, só de mulheres que, por "N" situações, criaram um comportamento familiar passado de geração para geração, onde as "solteironas" noivavam e casavam com "defuntos" que sequer conheceram e passavam a vida toda se vangloriando que: "antes sofrer a ausência de um amor a sofrer por um amor ausente".
Como mensurar a dor e a profundidade destas lacunas?
Creio que o amor está em nós e ele não diminui... apenas transfere-se de um ser até então amado para um outro ser, que será amado de um dado momento em diante.
Como se chama este período em que ficamos "vagos"? Uns chamam de solidão... outros de liberdade... eu prefiro chamá-lo de tempo.
É o tempo que precisamos para amar novamente.
Um ótimo final de semana para vc!
Denise
Pinte a cara e jogue malabares pra gente, Ric!... =)
Teus versos chegam a ser indecentes! rs
bjo
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