É uma pena que eu seja
Apenas
A maior fantasia de mim mesmo
Nesse jogo de espelhos
Em que nos escondemos
Tanto
Que já nem sabemos
Se do outro
Ou de nós mesmos
Saturday, November 27, 2004
Saturday, November 20, 2004
Poema Para Uma Menina Alada
Essa menina tem asas
E poemas inscritos
Por todo o corpo
Essa mulher, que voa
Povoa meus sonhos
De longos mergulhos
Da vida que se escreve
Com notas muitas vezes
Tristes
Mas que se reescreve e se refaz
Nas verdes janelas
Que reinventamos a cada dia
Se essa menina soubesse
Do que é capaz
Nenhuma trava atrapalharia seu sorriso
Se essa mulher apenas soubesse
Que o mundo inteiro
Só espera o seu comando
Pra mergulhar em mares profundos
E lavar a alma de todos os sofrimentos
Vãos...
Ah! Essa mulher... essa menina...
Esse poema vivo
Escrito e reescrito tantas vezes em pleno vôo, em plena imersão
Quero-te assim
Viva, forte e bela
Mãe, irmã e amante
Símbolo da eterna renovação do fogo
Que a cada dia ressurge
A leste de nós mesmos
E poemas inscritos
Por todo o corpo
Essa mulher, que voa
Povoa meus sonhos
De longos mergulhos
Da vida que se escreve
Com notas muitas vezes
Tristes
Mas que se reescreve e se refaz
Nas verdes janelas
Que reinventamos a cada dia
Se essa menina soubesse
Do que é capaz
Nenhuma trava atrapalharia seu sorriso
Se essa mulher apenas soubesse
Que o mundo inteiro
Só espera o seu comando
Pra mergulhar em mares profundos
E lavar a alma de todos os sofrimentos
Vãos...
Ah! Essa mulher... essa menina...
Esse poema vivo
Escrito e reescrito tantas vezes em pleno vôo, em plena imersão
Quero-te assim
Viva, forte e bela
Mãe, irmã e amante
Símbolo da eterna renovação do fogo
Que a cada dia ressurge
A leste de nós mesmos
Saturday, November 13, 2004
Noite
Sobe a noite
Cai o dia
É o dia que cai
É ele que sai
Pra voltar talvez
Depois
Depois que a noite se for
Se for
Se não decidir ficar
Pois nada é certo
Nem um dia depois do outro
Nem a noite no meio
Nem meu coração ao meio
Nem versos sorridentes
Nem romances entredentes
Nem choro estridente
Nem nada
Nem tudo
O dia se foi
Cai o dia
É o dia que cai
É ele que sai
Pra voltar talvez
Depois
Depois que a noite se for
Se for
Se não decidir ficar
Pois nada é certo
Nem um dia depois do outro
Nem a noite no meio
Nem meu coração ao meio
Nem versos sorridentes
Nem romances entredentes
Nem choro estridente
Nem nada
Nem tudo
O dia se foi
Saturday, November 06, 2004
Não Me Apaixono Mais
Não me apaixono mais
Se a idade assim já não permite
Não me apaixono mais
Pois, se tanto, o que canto
É paixonite
Não me apaixono mais
Pois as lindas janelas claras
Que verdejam em minh’alma
Já não vêm sem um toque de cinismo
Ou como mero grão de esmola
Não me apaixono mais
Mas outro dia vi você
E certamente sem querer
O que senti foi tal paixão
Ou talvez não, adrenalina
Quase paixão anfetamina
Outro dia vi você
E senti pena de mim
Se a idade assim já não permite
Não me apaixono mais
Pois, se tanto, o que canto
É paixonite
Não me apaixono mais
Pois as lindas janelas claras
Que verdejam em minh’alma
Já não vêm sem um toque de cinismo
Ou como mero grão de esmola
Não me apaixono mais
Mas outro dia vi você
E certamente sem querer
O que senti foi tal paixão
Ou talvez não, adrenalina
Quase paixão anfetamina
Outro dia vi você
E senti pena de mim
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