Saturday, August 06, 2005

Tempo Nublado

O tempo está nublado
Já acordou assim
Um tanto nostálgico e entorpecido
Como tivesse tomado uns quantos copos de vodca

Sua nostalgia triste-alegre
Aumenta à medida que a chuva cai
Fina, suave, quase imperceptível
Sumindo como o passado presente

Momento de desespero
Necessidade de suar sangue
No entanto retida
De tanto torpor

A chuva continua sumida
Embora mais intensa

O temporal não desabou
Ficou guardado
Lá dentro
Aparecendo em alguns momentos
Sob diversas formas amorfas

Enfim,
ninguém ligou
ninguém liga
ninguém ligará

11 comments:

Anonymous said...

Ricardo, uma hora dessas o temporal desaba... Inundação de sentimentos e mais poesia nos sábados secos aqui de São Paulo... Beijo.

Anonymous said...

Ricardo:

a vodka
na boca do tempo
embebeda a chuva
que escorre
em gotas mornas
de poesia

meu abraço!

Nel Meirelles
http://www.falapoetica.blogger.com.br

melody said...

Que venha a chuva desejada pela alma do poeta!
bjs.

Xuxudrops said...

Que bom saber que não sou a única que me sinto entorpecida e hipnotizada por esse poder da chuva.
Um grande beijo!

Anonymous said...

Algumas chuvas preguiçosas rendem belos poemas, não é mesmo? ;-)) E algumas poesias noa fazem chover emoção. Tão lindo isso... parabéns.
Meu beijo.

Anonymous said...

mas em breve, a chuva cai, lava a alma e, quem sabe, um outro alguém aparece e liga.

beijo daqui, Ricardo.

Anonymous said...

Oiee
vim aqui dar o meu oizinhooo
bjos

Be

http://anjinha.betiza.zip.net

Anonymous said...

E tantas vezes nos embriagamos junto ao tempo...
Lindo poema. Beijo.

Anonymous said...

Adoro poesia,parei no lugar certo.Parabéns.

Nil Borba said...

Olá, Ricardo!
Que legal vc em meu cantinho. Eu tenho estado meio sumida tbm , pq o tempo está escasso, mas vou resolver logo, logo...
Seu poema é bastante curioso.
Tomara que esse temporal seja de amor e não faça tantos estragos como algmas paixões.
Bom final de semana.
Beijos

Anonymous said...

O temporal que não desaba é um sentimento latente, que nunca ousa revelar-se, que se detém no tempo, que se eterniza na palavra.
Mil beijos meu poeta preferido.
Shirley