A minha visão das coisas
É irremediavelmente tortuosa
Defeituosa
Desviante crônica
Minha lente sem foco
Oscila sempre
Irremediavelmente
Entre o querer ser e o dever ser
E ainda assim me julgam poeta
Só por escrever versinhos sorridentes
Incompreensíveis para uns
Irrelevantes para outros
Minha face monstruosa
Não é de poeta
É monstruosa apenas
E a dor de minh'alma
Não é dor de artista
É dor de alma pequena
Saturday, December 25, 2004
Saturday, December 18, 2004
Reflexivo
Fotos experimentais:
Registros desfocados
De momentos
do processo.
Buscas existenciais
Que nos buscam
Quando menos
esperamos.
Revelações,
sentidos e possibilidades
A câmera diante do espelho...
O homem no espelho não está só.
(Dica: Àqueles que começaram a visitar o blog apenas recentemente, sugiro clicar nos meses anteriores, que se encontram na seção Archives, para que possam conhecer os poemas que foram publicados anteriormente.)
Registros desfocados
De momentos
do processo.
Buscas existenciais
Que nos buscam
Quando menos
esperamos.
Revelações,
sentidos e possibilidades
A câmera diante do espelho...
O homem no espelho não está só.
(Dica: Àqueles que começaram a visitar o blog apenas recentemente, sugiro clicar nos meses anteriores, que se encontram na seção Archives, para que possam conhecer os poemas que foram publicados anteriormente.)
Saturday, December 11, 2004
Ao Coração da Cidade
Simples cidade
Triste cidade
Simples e triste
Bela cidade
Decadente
Em seu coração
Que não fica à mostra
Nem canta o carnaval
Simplesmente urbana
Como teu sorriso
Branco e simples
Cidade triste
Infinitamente bela
Em seu coração
Que não canta o carnaval
Nem fica à mostra
Simplesmente urbana
Decadente
Cidade triste
Em seu coração
Infinitamente belo
Triste cidade
Simples e triste
Bela cidade
Decadente
Em seu coração
Que não fica à mostra
Nem canta o carnaval
Simplesmente urbana
Como teu sorriso
Branco e simples
Cidade triste
Infinitamente bela
Em seu coração
Que não canta o carnaval
Nem fica à mostra
Simplesmente urbana
Decadente
Cidade triste
Em seu coração
Infinitamente belo
Saturday, December 04, 2004
Tantas Vezes
Às vezes deus me abandona
Ou vice-versa
Não sei bem
Às vezes sou crucificado
Morto e sepultado
E não ressuscito ao terceiro dia
Às vezes eu prendo a corda a uma árvore
E meu corpo brinca de balançar
Preso pelo pescoço
Às vezes eu desço ao hades
E não encontro nada
Às vezes sou eu
Outras só vida normal
Ou vice-versa
Não sei bem
Às vezes sou crucificado
Morto e sepultado
E não ressuscito ao terceiro dia
Às vezes eu prendo a corda a uma árvore
E meu corpo brinca de balançar
Preso pelo pescoço
Às vezes eu desço ao hades
E não encontro nada
Às vezes sou eu
Outras só vida normal
Saturday, November 27, 2004
Espelhos
É uma pena que eu seja
Apenas
A maior fantasia de mim mesmo
Nesse jogo de espelhos
Em que nos escondemos
Tanto
Que já nem sabemos
Se do outro
Ou de nós mesmos
Apenas
A maior fantasia de mim mesmo
Nesse jogo de espelhos
Em que nos escondemos
Tanto
Que já nem sabemos
Se do outro
Ou de nós mesmos
Saturday, November 20, 2004
Poema Para Uma Menina Alada
Essa menina tem asas
E poemas inscritos
Por todo o corpo
Essa mulher, que voa
Povoa meus sonhos
De longos mergulhos
Da vida que se escreve
Com notas muitas vezes
Tristes
Mas que se reescreve e se refaz
Nas verdes janelas
Que reinventamos a cada dia
Se essa menina soubesse
Do que é capaz
Nenhuma trava atrapalharia seu sorriso
Se essa mulher apenas soubesse
Que o mundo inteiro
Só espera o seu comando
Pra mergulhar em mares profundos
E lavar a alma de todos os sofrimentos
Vãos...
Ah! Essa mulher... essa menina...
Esse poema vivo
Escrito e reescrito tantas vezes em pleno vôo, em plena imersão
Quero-te assim
Viva, forte e bela
Mãe, irmã e amante
Símbolo da eterna renovação do fogo
Que a cada dia ressurge
A leste de nós mesmos
E poemas inscritos
Por todo o corpo
Essa mulher, que voa
Povoa meus sonhos
De longos mergulhos
Da vida que se escreve
Com notas muitas vezes
Tristes
Mas que se reescreve e se refaz
Nas verdes janelas
Que reinventamos a cada dia
Se essa menina soubesse
Do que é capaz
Nenhuma trava atrapalharia seu sorriso
Se essa mulher apenas soubesse
Que o mundo inteiro
Só espera o seu comando
Pra mergulhar em mares profundos
E lavar a alma de todos os sofrimentos
Vãos...
Ah! Essa mulher... essa menina...
Esse poema vivo
Escrito e reescrito tantas vezes em pleno vôo, em plena imersão
Quero-te assim
Viva, forte e bela
Mãe, irmã e amante
Símbolo da eterna renovação do fogo
Que a cada dia ressurge
A leste de nós mesmos
Saturday, November 13, 2004
Noite
Sobe a noite
Cai o dia
É o dia que cai
É ele que sai
Pra voltar talvez
Depois
Depois que a noite se for
Se for
Se não decidir ficar
Pois nada é certo
Nem um dia depois do outro
Nem a noite no meio
Nem meu coração ao meio
Nem versos sorridentes
Nem romances entredentes
Nem choro estridente
Nem nada
Nem tudo
O dia se foi
Cai o dia
É o dia que cai
É ele que sai
Pra voltar talvez
Depois
Depois que a noite se for
Se for
Se não decidir ficar
Pois nada é certo
Nem um dia depois do outro
Nem a noite no meio
Nem meu coração ao meio
Nem versos sorridentes
Nem romances entredentes
Nem choro estridente
Nem nada
Nem tudo
O dia se foi
Saturday, November 06, 2004
Não Me Apaixono Mais
Não me apaixono mais
Se a idade assim já não permite
Não me apaixono mais
Pois, se tanto, o que canto
É paixonite
Não me apaixono mais
Pois as lindas janelas claras
Que verdejam em minh’alma
Já não vêm sem um toque de cinismo
Ou como mero grão de esmola
Não me apaixono mais
Mas outro dia vi você
E certamente sem querer
O que senti foi tal paixão
Ou talvez não, adrenalina
Quase paixão anfetamina
Outro dia vi você
E senti pena de mim
Se a idade assim já não permite
Não me apaixono mais
Pois, se tanto, o que canto
É paixonite
Não me apaixono mais
Pois as lindas janelas claras
Que verdejam em minh’alma
Já não vêm sem um toque de cinismo
Ou como mero grão de esmola
Não me apaixono mais
Mas outro dia vi você
E certamente sem querer
O que senti foi tal paixão
Ou talvez não, adrenalina
Quase paixão anfetamina
Outro dia vi você
E senti pena de mim
Saturday, October 30, 2004
Canción de Nosotros
Gracias, América Latina
Por la naturaleza
Con sus animales salvajes
Y los ríos que pulsan como arterias
Gracias, América Latina
Por Neruda, Mercedes y Víctor Jara
Con sus canciones preciosas
Y las voces que llaman la libertad
Gracias, pueblo latino americano
Por enseñarnos
Que somos todos hermanos
Gracias, pueblo latino americano
Por hacer de la lucha
Motivo de canción
Por la naturaleza
Con sus animales salvajes
Y los ríos que pulsan como arterias
Gracias, América Latina
Por Neruda, Mercedes y Víctor Jara
Con sus canciones preciosas
Y las voces que llaman la libertad
Gracias, pueblo latino americano
Por enseñarnos
Que somos todos hermanos
Gracias, pueblo latino americano
Por hacer de la lucha
Motivo de canción
Saturday, October 23, 2004
21st Century
Writing poetry in the 21st century
Is like smashing your face against a wall
Living right in the 21st century
Is just like not living at all
Thirty years ago everything was possible
And the future was but a promise
The future is here, the time is now
And now there’s nothing you can do about it
Everybody is laughing
’Cause it’s a brave new world
But nobody is having fun
’Cause it’s a grave this world
Is like smashing your face against a wall
Living right in the 21st century
Is just like not living at all
Thirty years ago everything was possible
And the future was but a promise
The future is here, the time is now
And now there’s nothing you can do about it
Everybody is laughing
’Cause it’s a brave new world
But nobody is having fun
’Cause it’s a grave this world
Saturday, October 16, 2004
Passa Tempo
Passa tempo tempo passa
Passa boi passa boiada
Passa vida sem se ver
Passa minuto passa hora
Passa tudo por você
Passa tempo tempo passa
Passa o amor, o ódio,
A sina
Passa a cal passam valores
Passa a perna da menina
Passa tempo tempo passa
Passa a moda passa a muda
Passa a faca passa tudo
Passarinho e passarão
Passarei e passarás
Passa a manteiga passa o pão
Passa a tinta e a aguarrás
Passa tempo tempo passa
Passa a mão antes que eu faça
Passa bala passa bola
Passa cola passageira
Passa a pele do cordeiro
Passa o lobo com dinheiro
Passa tempo tempo passa
Passa tempo tempo passa
Passa boi passa boiada
Passa a vida passa a faca
Passarei, tu passarás
Passa tempo tempo passa
Passa boi passa boiada
Passa vida sem se ver
Passa minuto passa hora
Passa tudo por você
Passa tempo tempo passa
Passa o amor, o ódio,
A sina
Passa a cal passam valores
Passa a perna da menina
Passa tempo tempo passa
Passa a moda passa a muda
Passa a faca passa tudo
Passarinho e passarão
Passarei e passarás
Passa a manteiga passa o pão
Passa a tinta e a aguarrás
Passa tempo tempo passa
Passa a mão antes que eu faça
Passa bala passa bola
Passa cola passageira
Passa a pele do cordeiro
Passa o lobo com dinheiro
Passa tempo tempo passa
Passa tempo tempo passa
Passa boi passa boiada
Passa a vida passa a faca
Passarei, tu passarás
Passa tempo tempo passa
Saturday, October 09, 2004
Todo Poema É Uma Carta Suicida
Tenho pensado e repensado
A minha compulsão
Canto de sereia
Que me encanta
Só pela proximidade do abismo
Mas desta vez fui longe demais
E não é o eu lírico quem vos fala
Mas o eu mesmo
O eu que não sei bem no que me meti
Ou sei
Mas não acredito
Meu pensamento é mágico
Trágico como uma bala no ouvido
Eu sinto a tua presença
Espreitando em cada esquina
Onde a luz?
Pra mim não há repouso
Todo castigo pra louco é pouco
E meus poemas não iluminam nada
A vida é à vera
Não é poesia
Mas meus poemas sangram
A saída por favor
Que já não sei por onde vou
Atropelaram-me
Pegaram-me na armadilha
Logo eu
Que sempre fui tão digno
Ou pensei ser
Eu nunca tive tão clara a noção
De que fui longe demais
A minha compulsão
Canto de sereia
Que me encanta
Só pela proximidade do abismo
Mas desta vez fui longe demais
E não é o eu lírico quem vos fala
Mas o eu mesmo
O eu que não sei bem no que me meti
Ou sei
Mas não acredito
Meu pensamento é mágico
Trágico como uma bala no ouvido
Eu sinto a tua presença
Espreitando em cada esquina
Onde a luz?
Pra mim não há repouso
Todo castigo pra louco é pouco
E meus poemas não iluminam nada
A vida é à vera
Não é poesia
Mas meus poemas sangram
A saída por favor
Que já não sei por onde vou
Atropelaram-me
Pegaram-me na armadilha
Logo eu
Que sempre fui tão digno
Ou pensei ser
Eu nunca tive tão clara a noção
De que fui longe demais
Saturday, October 02, 2004
Dores
Cada um tem a sua própria dor
Pessoal e intransferível
A dor de estar vivo
A dor de ser finito
Apesar de todos os argumentos em contrário
Cada um tem a sua própria dor
Pessoal e intransferível
A dor infinita de estar vivo
A dor de ser eterno
Apesar de todo o racionalismo
Cada um tem a sua própria dor
E não há amor capaz
De fazer de duas dores
Uma única dor
Cada um é a sua própria dor
Pessoal e intransferível
A dor de estar vivo
A dor de ser finito
Apesar de todos os argumentos em contrário
Cada um tem a sua própria dor
Pessoal e intransferível
A dor infinita de estar vivo
A dor de ser eterno
Apesar de todo o racionalismo
Cada um tem a sua própria dor
E não há amor capaz
De fazer de duas dores
Uma única dor
Cada um é a sua própria dor
Saturday, September 25, 2004
Canção do Novo Tempo
Não tenho respostas
Apenas faço poemas
E nem sei se bem o faço
Ou apenas iludo
Ou mudo por tanto tempo
Nem sei se tenho perguntas
Talvez apenas perplexo...
Nobody told me there’d be days like these, little darling
E o coro dos contentes segue adiante
Entoando as mesmas perguntas, as mesmas respostas
E nem sei se tenho palavras
Apenas as canto
Apenas faço poemas
E nem sei se bem o faço
Ou apenas iludo
Ou mudo por tanto tempo
Nem sei se tenho perguntas
Talvez apenas perplexo...
Nobody told me there’d be days like these, little darling
E o coro dos contentes segue adiante
Entoando as mesmas perguntas, as mesmas respostas
E nem sei se tenho palavras
Apenas as canto
Saturday, September 18, 2004
Ainda & Sempre
Eu fujo dos teus olhos
Como o diabo da cruz
Menina, não me olhe assim
Que eu tenho medo de ser tragado para o seu mundo
E me perder de mim
De não achar o caminho de volta
De dar bandeira
De mostrar a todos o que me vai pela alma
E talvez você não saiba
Mas nestes dias perigosos
A paixão é sempre um risco
Menina, não me olhe assim
Que eu tenho medo de me afogar em você
E me perder de mim
Como o diabo da cruz
Menina, não me olhe assim
Que eu tenho medo de ser tragado para o seu mundo
E me perder de mim
De não achar o caminho de volta
De dar bandeira
De mostrar a todos o que me vai pela alma
E talvez você não saiba
Mas nestes dias perigosos
A paixão é sempre um risco
Menina, não me olhe assim
Que eu tenho medo de me afogar em você
E me perder de mim
Saturday, September 11, 2004
Obsoleto
Eu vivo dos destroços do que tentamos -
Hoje as ruas são patrulhadas...
Perfeitos anjos da guarda
Para que nunca mais sejamos possíveis
Eu vivo dos troços do que fomos
E todos são amigos de deus
Menos eu que o amo tanto
Eu sou o estilhaço que não vê saída
Eu sou o palhaço que discorda ainda e sempre
E só queria a benção de não ter sido poupado
Hoje as ruas são patrulhadas...
Perfeitos anjos da guarda
Para que nunca mais sejamos possíveis
Eu vivo dos troços do que fomos
E todos são amigos de deus
Menos eu que o amo tanto
Eu sou o estilhaço que não vê saída
Eu sou o palhaço que discorda ainda e sempre
E só queria a benção de não ter sido poupado
Saturday, September 04, 2004
Quero-Quero
Quero-te agora mesmo impossível
Quero-te sempre e ainda mais
Quero-te louca vida bandida
Quero-te sempre, quero-te mais
Quero da vida toda a medida
Quero do fim, nova partida
Quero do povo um pouco de ação
Quero uma rosa, quero um limão
Quero da vida o que a vida quer
Quero do fogo a minha mulher
Quero de novo a alma inquieta
Quero-te sempre rompendo correntes
Quero dos sonhos aquele mais belo
Quero uma foice, quero um martelo
Quero um sorriso que não seja amarelo
Quero poder tentar outra vez
Quero-te agora mesmo impossível
Quero-te sempre e ainda mais
Quero-te louca vida bandida
Quero-te sempre, quero-te mais
Quero-te sempre e ainda mais
Quero-te louca vida bandida
Quero-te sempre, quero-te mais
Quero da vida toda a medida
Quero do fim, nova partida
Quero do povo um pouco de ação
Quero uma rosa, quero um limão
Quero da vida o que a vida quer
Quero do fogo a minha mulher
Quero de novo a alma inquieta
Quero-te sempre rompendo correntes
Quero dos sonhos aquele mais belo
Quero uma foice, quero um martelo
Quero um sorriso que não seja amarelo
Quero poder tentar outra vez
Quero-te agora mesmo impossível
Quero-te sempre e ainda mais
Quero-te louca vida bandida
Quero-te sempre, quero-te mais
Saturday, August 28, 2004
Plenitude
Hoje o dia está bonito
E há tempo pra magia
Agora o dia é azul
E por um infinitésimo de segundo
De um tempo que é outro tempo
É possível esquecer o mundo dos homens
Amanhã eu volto à luta
A discutir com os editoriais
Mas hoje o mundo, que não é este, está bonito
E só posso, apesar do cinza que pressinto, ser feliz
E há tempo pra magia
Agora o dia é azul
E por um infinitésimo de segundo
De um tempo que é outro tempo
É possível esquecer o mundo dos homens
Amanhã eu volto à luta
A discutir com os editoriais
Mas hoje o mundo, que não é este, está bonito
E só posso, apesar do cinza que pressinto, ser feliz
Sunday, August 22, 2004
(Sem título)
Escrevo de noite -
Lá fora, não há luz
Escrevo a noite -
Cá dentro, não há noite
Lá fora, as luzes piscam -
Cá dentro, não há brilho
Brilham as frontes de noite
Brilha o ar - açoite
Não há noite lá fora
Não há brilho agora
Não me escondo mais, se escrevo,
Não procuro mais...
Não tenho, não vivo, não penso
Se um dia me encontrares não serei mais eu
Se um dia procurares
Só o dia serei eu
Um dia, um poema, uma noite,
Um zelo que guardo por ti
Uma vida nunca será o bastante,
Uma vida será o que nunca vivi
Luzes que vagam
Vaga-lumes que somos
Um dia vamos estar
Um dia seremos nós
Lá fora, não há luz
Escrevo a noite -
Cá dentro, não há noite
Lá fora, as luzes piscam -
Cá dentro, não há brilho
Brilham as frontes de noite
Brilha o ar - açoite
Não há noite lá fora
Não há brilho agora
Não me escondo mais, se escrevo,
Não procuro mais...
Não tenho, não vivo, não penso
Se um dia me encontrares não serei mais eu
Se um dia procurares
Só o dia serei eu
Um dia, um poema, uma noite,
Um zelo que guardo por ti
Uma vida nunca será o bastante,
Uma vida será o que nunca vivi
Luzes que vagam
Vaga-lumes que somos
Um dia vamos estar
Um dia seremos nós
Wednesday, August 18, 2004
Canto Triste
E mataram nossos sonhos
no útero dos corações
Os sonhos agora são outros
efêmeros como ferrões
E mataram nossos sonhos
- já não sabemos sonhar
E mataram nossas almas
e já não sabemos do mar
no útero dos corações
Os sonhos agora são outros
efêmeros como ferrões
E mataram nossos sonhos
- já não sabemos sonhar
E mataram nossas almas
e já não sabemos do mar
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